sábado, 6 de abril de 2013

[Brasil] Cinco mil operários paralisam obras em Belo Monte pela nona vez

O complexo de Belo Monte
Cerca de cinco mil operários do canteiro de obras de Pimental da Usina de Belo Monte em Altamira do Pará cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos no início da tarde desta sexta-feira. Os trabalhadores exigem o cumprimento de cláusulas trabalhistas que não têm sido respeitadas. Os grevistas são ligados ao Sindicato da Construção Leve de Altamira. É a nona paralisação nos canteiros da usina que está sendo construída na bacia do Rio Xingu.

O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) confirma a paralisação, mas diz que “reconhece como único e legítimo representante de seus trabalhadores, na área de construção civil pesada, o Sintrapav-PA”. 
Na pauta dos trabalhadores constam entre outras reivindicações o pagamento de adicional de 40% para operários alojados no canteiro (o chamado adicional de confinamento previsto, mas não efetuado pelo CCBM), equiparação salarial em funções iguais para todos os canteiros de obra da usina, e fim do sistema 5 por 1, no qual as folgas ocorrem em dias aleatórios e não há adicional de horas extras nos finais de semana.

Os trabalhadores também reclamam do não pagamento de adicional por insalubridade e periculosidade, da péssima qualidade da alimentação e da constante presença de policiais e homens da Força Nacional armados nos canteiros.

O CCBM em nota por meio de sua assessoria disse que “não vai se estender acerca de considerações feitas por uma instituição que não tem representatividade sobre os funcionários do CCBM”. Ainda segundo a nota, a paralisação no sítio é vista pelo CCBM como “uma invasão de pessoas estranhas ao trabalho”. “O CCBM considera que uma de suas quatro frentes de obras foi invadida por pessoas estranhas, e já adotou as medidas cabíveis para que os invasores deixem o sítio Pimental”, diz a nota.

De acordo com o CCBM, a paralisação foi parcial (cerca de 20% da produção), “principalmente com o objetivo de garantir a segurança dos trabalhadores diante da grande circulação de caminhões e máquinas pesadas nesta frente de obras”. Nos outros canteiros de obra da usina - Belo Monte; Canais e Diques; e Bela Vista, a produção seguiu 100% normal durante todo o dia com todos os seus mais profissionais trabalhando.

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